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O Brasil, o futebol e a revolta do povo

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Recentemente, nos meios mais diversificados da imprensa, tem chamado a atenção da sociedade brasileira o brado de que : “ O Brasil acordou !…“.

A propósito, em meio à sugestão de que os brasileiros devem encorajar-se a exigir de nossas autoridades a adoção urgentíssima de políticas públicas, calcadas no respeito aos seus cidadãos e, por conseguinte, no desenvolvimento da nação sem abissais distanciamentos sociais entre as pessoas, causa de justificada indignação e revolta diariamente recolhida no recôndito do coração de cada um – com possibilidade de aflorar descontroladamente a qualquer instante, porque a tolerância tem limites.

Esse brado de peculiaridades patrióticas tomando conta das ruas em várias cidades de todos os Estados da Federação, por contingente de milhares de pessoas cansadas de tanto desrespeito às suas cidadanias, tem assombrado a muitas e causado perplexidade noutras tantas, com reflexos transbordantes e apavorantes nas autoridades desavisadas e despreocupadas no trato da coisa pública, do combate veemente à corrupção que de há muito impunimente assola o País, na falta de investimento na educação e na rede hospitalar, em meio à ausência de segurança.

Não sem razão tudo isto acontecendo neste momento. É que a população, desenfreada e incontida, passou a ocupar as praças públicas ditando palavras de ordem, invadindo repartições, bloqueando avenidas, sempre de forma predominante ordeira, Mas sem força para frustrar a presença de vândalos, que protegidos pelo anonimato e revestidos de pretensões dolosas, a destruírem o patrimônio público e privado, em meio a saques e outras práticas criminosas, acenando para o caos generalizado e de consequências imprevisíveis e perigosíssimas – porque o abalo à república enseja sempre a possibilidade do retorno às trevas do poder, a exemplo da revolução de 1964 a exemplo também da queda da Bastilha.

Por conseguinte, de não se olvidar que a nossa democracia ainda é insipiente, podendo arrebentar-se com a persistência desses movimentos sociais generalizados, descontrolados e apavorantes, a exemplo do que ocorreu na década de 60.

É que a população sofrida e humilhada, ao tomar conhecimento recente de que os gastos das últimas 3 Copas do Mundo atingiram a cifra total de apenas R$ 25 bilhões, e de que a que será realizada no Brasil, no ano vindouro, alcançará a estratosférica cifra de  R$ 30 bilhões, resolveu gritar, resolveu partir para um basta, resolveu exigir publicamente mais respeito e seriedade – deixando atônitos os poderes constituídos do País.

É verdade que o país acordou, mas está ainda sonolento.

Desperto estará quando consegui o seu povo enxotar os maus brasileiros que, assumindo foros de paladinos da moralidade pública, acham-se a “perder de vista” encastelados no Congresso Nacional, aonde aportaram através do estelionato eleitoral. Deve a população expurga-los sim e simplesmente, através do sufrágio das urnas.

Lamentavelmente, as previsões do nosso palhaço o Deputado Tiririca não vingaram, pois o Brasil ficou pior.

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