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Paripiranga: Para Polícia Civil, assassinato do médico Zé Carlos envolve adversário político

Acusado de ser o mentor intelecutal do crime, advogado nega participação e ameaça processar delegado

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Corpo do médico José Carlos no local do crime, em 02/05/14

DA REDAÇÃO: Há pouco mais de um ano, em 2 de maio de 2014, a cidade de Paripiranga, situada na região nordeste do Estado, a 366KM de Salvador, foi surpreendida com a notícia de que o médico  José Carlos Bezerra Carvalho, 49, dono do grupo UCP, popularmente conhecido como “Dr. Zé Carlos”, havia sido assassinado em frente a uma academia. Segundo a polícia, quando saia de uma academia, por volta das 19h20, o médico fora alvejado duas vezes na cabeça por dois homens que dele se aproximaram numa motocicleta. O fato causou comoção em toda a cidade, já que o “Dr. Zé Carlos”, além de exercer a medicina, também era muito popular por conta de sua militância  política. À época do crime, muitas hipóteses foram levantadas, inclusive que o crime tinha conotação política.

Na manhã dessa sexta-feira, (22/05), a Polícia Civil da cidade de Paripiranga, finalmente, divulgou o desfecho do inquérito policial sobre o caso, apontando os supostos assassinos do médico. Segundo declarou o delgado Geuvan Franca Passos Jr., em entrevista ao comunicador Nando Moreno, da Eldorado FM, de Lagarto (SE),  crime foi executado Leonardo Fraga Guimarães a pedido do procurador-geral do município de Paripiranga, o advogado Alexandre Magno Rodrigues de Oliveira, correligionário político do atual prefeito de Paripiranga, George Bandeira (PSD) e adversário da vítima. O advogado, contudo, jura inocência.

O outro lado

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Procurador Alexandre Magno

Neste sábado (23/05), Alexandre Magno, que foi secretário de Administração no município de Ribeira do Amparo, declarou  ao Blog do Gomes que está chocado com o envolvimento de seu nome na morte do Dr. Zé Carlos, ao tempo em que alega tratar-se de um acusação inconsequente, sem qualquer fundamento jurídico. Alexandre informou também que está visitando a imprensa para apresentar esclarecimentos, enquanto formula um representação criminal contra o delgado de polícia de Paripiranga, o dr. Geuvan França Passos Júnior,   responsável por seu envolvimento no delito. Segue uma Nota de Esclarecimento enviada pelo advogado à nossa redação.

NOTA ESCLARECIMENTO

Vivemos tempos de extrema desumanidade e oportunismo. Desde ontem, 22 de maio de 2015, minha vida passou a ser um inferno. Por total falta de técnica, precipitação e oportunismo, o delegado titular da Delegacia de Paripiranga, veiculou informações na imprensa local, acerca de ter desvendado o crime, praticado em face do Dr. Zé Carlos. Como diz o ditado popular, quem tem boca, diz o que quer, esta autoridade lançou ao vento, impropérios, fatos e argumentos, sem nenhuma consistência política e jurídica. Por ter formação humanística e ser advogado, abracei esta profissão, para ser combativo aos desmandos e desrespeitos de quem quer que seja. Ironia do destino, agora, sou vítima de abuso de autoridade do citado delegado e escarnecido pela sociedade. A exposição é feita, visando, certamente, autopromoção. Cabe a mim, agora, de forma serena e com a consciência tranquila, como convém aos homens de bem e próbo, apresentar fatos e, mesmo sabendo que este não é o momento para defesa legal, esclarecer ponto importante. Na entrevista veiculada, a autoridade afirma, de forma categórica, que a partir do interrogatório do condutor da moto utilizada na operação que ceifou a vida de Dr. Zé Carlos, chegou ao nome do executor e do mandante, sendo este, eu. Tenho cópia do depoimento do mesmo, em mãos, e, em momento algum, isto é mencionado pelo condutor. Pelo contrário, o que está lá, em nada, leva a concluir que fui eu, o mandante do mesmo. E a autoridade policial, apegou-se, apenas, a este depoimento para concluir por minha participação, enquanto mandante. Lembro que tudo afirmado, deve ser provado de forma que não existam dúvidas. O que não acontece e não acontecerá! De toda a situação e sem maiores delongas, é claro a fragilidade das investigações e tudo será objeto de atenção pelo Poder Judiciário e pelas pessoas competentes. Reitero que, apesar da dor, pelo peso da injustiça que me acomete neste momento, estou com a consciência límpida e tranquila, tomando as providências legais que o caso requer. Certo, também, de que justiça será feita e os reais culpados, responsabilizados. Aproveito a oportunidade, para agradecer a todas as manifestações de apoio que venho recebendo.

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